Comissão para Laicato promove Seminário em Brasília

Comissão para Laicato promove Seminário em Brasília

A Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou, entre os dias 6 e 8 de outubro, no Centro Cultural Missionário (CCM), Brasília (DF), o 8º Seminário com os bispos referenciais dos regionais e representantes de novas comunidades, associações e movimentos de leigos de todo o Brasil.

Na pauta da reunião, estava o texto de Estudos 107A “Cristão leigos e leigas na Igreja e na sociedade – sal da terra e luz do mundo”, que teve seu conteúdo avaliado com propostas de elementos que podem ser acrescentados. 

Na ocasião, os membros da Comissão fizeram o planejamento das atividades para os próximos quatro anos. No evento, os representantes de movimentos, associações e novas comunidades, do Curso de Formação Política do Centro de Fé e Política Dom Helder Câmara (Cefep) e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) falaram sobre suas respectivas realidades. “Nós percebemos que há um interesse muito grande de despertar o laicato no Brasil, a participação, a sua missão de fato de ser transformador na sociedade, uma presença mais ativa na Igreja e na sociedade”, comenta o bispo de Caçador e presidente da Comissão para o Laicato da CNBB, dom Severino Clasen.

Sobre o papel dos bispos e o apoio ao serviço dos leigos, dom Severino aponta os prelados como agentes de animação. “Os bispos devem ser incentivadores, animadores. Eles precisam fazer que com a luz possa de fato brilhar, e os leigos precisam também caminhar, eles não podem ficar apenas nas dependências e por isso o papel fundamental dos bispos é de animação”, afirma.

Dom Severino também destaca as várias iniciativas que foram compartilhadas durante o Seminário. “Foi muito bonito [ouvir] a experiência de como os leigos estão atuando de fato comprometidos na transformação da sociedade, não só da Igreja, mas muitas vezes ficamos muito para parte interna, muito para dentro da Igreja e nós somos uma presença responsável na transformação da sociedade”, ressalta.

CNBB apoia campanha de resgate às crianças desaparecidas

CNBB apoia campanha de resgate às crianças desaparecidas

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está apoiando, em conjunto com outras entidades, a campanha “Vamos resgatar nossas crianças!”, promovida pelos conselhos Federal (CFM) e Regionais de Medicina (CRMs). O objetivo é colaborar para a elucidação de casos de desaparecimento de crianças, por meio da atuação das autoridades competentes.

No site do CFM é possível cadastrar um desaparecimento e buscar por crianças desaparecidas. São oferecidos formulários online para os dois serviços. O endereço eletrônico também dispõe de dicas para médicos e familiares de como evitar e agir em casos suspeitos de desaparecimento.

De acordo com o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, atualmente há 371 casos de desaparecimentos de crianças e adolescentes entre 4 e 15 anos, sendo 204 meninos e 167 meninas. Apenas quatro pessoas foram localizadas. As informações ainda não refletem a realidade, uma vez que o serviço disponibilizado precisa “mapear iniciativas estaduais de registro e divulgação de casos de crianças e adolescentes desaparecidos e, com o apoio das redes de segurança pública e de direitos da criança e do adolescente, registrá-los na base nacional”. Essa ação é necessária para “consolidar uma matriz nacional” de dados a respeito do tema.

De acordo com o CFM, são mais de 250 mil casos de crianças desaparecidas no Brasil. As estatísticas apontam um desaparecimento a cada 15 minutos no país. O tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade de 2014, faz mais de 20 milhões de vítimas no mundo. O principal motivo de fugas e sumiço de menores são os maus-tratos.

Um folder confeccionado pelo CFM apresenta informações de como evitar um desaparecimento, explicando que os pais devem, por exemplo, ensinar à criança o nome completo e o telefone dos responsáveis e a “não aceitar alimento, falar ou sair com estranhos ou pessoas não autorizadas”. Também são indicadas ações de como proceder numa situação, além de abordar a norma da Lei 11259/2005, que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial.